Pois é, hoje estava eu muito calmamente e à sombra à espera de um colega que vinha no seu automóvel, de onde seguiríamos para o meu local de trabalho.
Estava eu, no meu entender em pleno direito, a 2 metros da passadeira, parado, de mãos nos bolsos, à sombra, lamentando não haver um banco porque ele estava atrasado quando eis que de repente vejo aproximar-se um Agente da Polícia de Segurança Pública, de metrelhadora ao peito, que me chama à atenção.
O diálogo abaixo é uma aproximação da realidade, não acho que valha a pena estar a tentar lembrar-me de todas as palavras exactas, nem toda a simpatia demonstrada pelo Sr. Agente, do qual não tenho queixa. Importa é o sumo da conversa:
— Não pode estar aí, diz ele.
— Porquê, que mal é que eu fiz?
— Não fez mal nenhum, apenas não pode estar aí parado, porque as câmaras (da Embaixada dos EUA, por cima do muro alto que estava atrás de mim) de filmar vêem-no aí, e depois da embaixada chamam-nos à atenção.
— Mas eu estou parado à sombra, ordeiramente, na via pública e à espera de um colega que me vem buscar, porque é que eu tenho de sair dali?
— São as ordens que temos.
Isto é fascismo. Lá tive eu de me deslocar até ao Agente da PSP que estava na guarita 150m a Sul, e perguntar se na frente dele podia ficar à espera.
— Não, aqui não pode. Mas se for para alí depois do sinal na esquina com a piscina já pode.
Pedi a identificação do 1º Agente, bem como me identifiquei perante ele, e pretendo apurar responsabilidades.
Não se admite tamanho fascismo. Expulsar um cidadão de pleno direito da Via Pública é inadmissível!
Simpatia, sim, mas com a presença intimidadora de uma metrelhadora!