18 minutos para Lei da Cópia Privada – a Petição e a Democracia #pl118

O grupo de cidadãos que representou os mais de 8000 subscritores da petição “Impedir a aprovação da proposta de lei n° 246/XII, da Cópia Privada” [1] junto do Parlamento [2], vem manifestar publicamente o seu repúdio em relação ao inaceitável desrespeito pela democracia demonstrado neste processo pelos partidos da maioria. Foi agendada a discussão da supracitada petição para o mesmo dia da reapreciação da proposta de Lei, tendo sido destinado a ambas as atividades um tempo total de 18 minutos, 3 por grupo parlamentar. A discussão, se é que a tal chegará a curta conversa que a agenda prevê, terá lugar no dia 8 de Maio, durante a sessão plenária que se inicia às 10h.

Por outras palavras, os partidos da maioria preparam-se para forçar a aprovação da Lei, remetida de volta ao Parlamento após justificado veto presidencial, fazendo da discussão da petição um mero expediente administrativo.

 A Lei vetada pelo Sr. Presidente da República aparece como resultado da negligência em cadeia de diversas instituições envolvidas: Conselho de Ministros, Comissão de Assuntos Constitucionais Direitos Liberdades e Garantias (CACDLG), Grupos Parlamentares e Presidência da Assembleia de República. Mas uma reapreciação forçada pós-veto presidencial será com grande probabilidade ação direta do líder do Governo.

 Num momento em que se discute a harmonização de políticas digitais a nível europeu, o Parlamento prepara-se para aprovar uma lei duvidosa nos objetivos, arbitrária nos pressupostos, obsoleta no contexto e danosa nos resultados [3]. Os portugueses ficarão mais longe de uma economia competitiva ao terem de suportar este novo imposto que tornará os dispositivos digitais muito mais caros em Portugal.

 Assim, repetimos a questão apresentada por várias associações nos últimos dias: a quem serve esta Lei? E porque razão se sente a maioria PSD / CDS-PP, contra o bom senso, a razão e um veto presidencial, na obrigação de aprová-la?

[1] – http://www.peticaopublica.com/pview.aspx?pi=impedir-pl246

[2] – https://www.youtube.com/watch?v=UN3hT2bIUOs

[3] – http://jonasnuts.com/5-perguntas-dos-peticionarios-0-507278

Nota: texto publicado também pela Jonas, como membros do grupo de cidadãos do qual fizemos parte junto com o Gustavo Homem e o Pedro Veiga

Violações do Segredo de Justiça

Não gosto nada desta tendência dos políticos responsabilizarem os órgãos noticiosos pelas violações de segredo de justiça.

A menos que estes órgãos estejam a subornar funcionários do ministério público, a penetrar ilegalmente em sistemas do ministério público, ou outros crimes reais possíveis, estão a cumprir o seu dever!

Pessoalmente não gosto muito do segredo de justiça mas compreendo a sua natureza. Já não concordo mesmo nada com o seu contexto legal.

Assumindo como legítima a sua existência, se alguém deveria ter responsabilidade por violações do mesmo, tem necessariamente de ser quem o gere e/ou de quem comete crimes (roubo de dados, suborno, etc) para obter a informação.

Quando falamos de personalidades públicas com presença relevante na sociedade, ainda que apenas até recentemente, existe um enorme interesse público em saber o que se está a passar, que só não interessa a quem gostaria que não se falasse sobre o assunto.

Manter tudo nas sombras é que é bom, e se calhar até se evade a justiça.

Isto é um ataque basilar à confiança das pessoas na justiça, o que implica desde a sensação de impunidade seja o que for que façamos, seja culminar no desinteresse pela sociedade, terreno tão fértil para ditaduras.

Em suma, concordo que o segredo de justiça ajuda a investigação, mas devia ser um dever observado por quem tem essa responsabilidade.

Atacar os órgãos noticiosos por isto é que não faz sentido.

Quando se trata de personalidades com figura pública relevante, existe um enorme interesse público em esclarecer o que se está a passar

I don’t want THAT #NetNeutrality, Obama…

I’m all in for Net  Neutrality, but insofar as it meaning that those who control connectivity will not control what you do with the connectivity you’re renting.

You pay for 100 Mbps, and of course, you should have read you’re getting that to the ISP, not to each and every website on the Internet.

You should never be subject to an ISP’s whims (possibly because they might also be a content provider) meaning they should not make traffic slower from a nom paying, non complying service provider.

This does not mean that the service provider should be forbidden to buy closer access to the ISP’s clients, that’s how all the web accelerators (eg Akamai) work.

However when I read Obama’s Net Neutrality speech I was scared shitless of what he said. I don’t want that.

Now you may say I’m not an american citizen, but the thing is… they influence politics abroad so much that inevitably what they do may be done worse in Europe.

As an example, DMCA was made much worse in Europe’s own EUCD. I now own  several DVD’s which if I play with Free Software I risk up to two years in jail (which is why DVD DRM only made me not buy any DVD media since 2004, so DRM actually meant less revenues to content providers).

What scared me shitless in Obama’s speech? His definition for “ISPs must not block content“. Below are his words to the FCC, not mine:

No blocking. If a consumer requests access to a website or service, and the content is legal, your ISP should not be permitted to block it.

«(…) and the content is legal» is what scared me shitless.

When people read “legal”, this is what they think it means:

Legal vs Illegal?But illegal content is already forbidden in several places, for example hate speech. So what is new here? Surely you have nothing to hide, right?

Wrong! Very wrong! Legality is not a mutually exclusive dual state, it is a mutually exclusive triple state between what’s…

  • legal, meaning explicitly allowed by law, green stuff
  • illegal, meaning explicitly forbidden by law, red stuff
  • unlawful, meaning not forbidden by law but also not explicitly made legal by law, grey matter

This, in short:

Legal vs Illegal vs UnlawfulObama’s words mean that only that green circle cannot be blocked by ISPs, here is what can be blocked by ISPs, according to that definition:

What CAN be blocked by ISPs is in RED!Ok now, please tell me which of the following is explicitly allowed by law:

  • Bit torrent
  • Blogging, podcasting, vidcasting [without a license]
  • Wikileaks
  • Snowden-like leaks

You will not be able to uphold these things on the basis of free speech, as they can be argued to hurt the network, or treason, or some other excuse that will be very hard to fight in courts if you allow this.

EFF, EDRi, everybody, can we please agree that politicians have pwned the Net Neutrality debate and are on a power grab attempt to control what citizens can access to on the Internet?

I have to thank the No Agenda podcast for helping me perceive this, as they have pointed this orwellian speech so many times in other politicians’s words before Obama’s words ever got posted in the WhiteHouse.gov web site.

I’m sure the EU will soon follow…

#PeC sobre Cópia Privada #pl246, momentos #pl118

Ontem participei no Prós e Contras que se focou na polémica proposta de lei 246/XII do Governo, que pretende extender as taxas da cópia privada ao armazenamento digital, maioritariamente utilizado para outros fins.

Como seria de prever, a SPA levou os seus órgãos sociais quase por inteiro para assegurar mais tempo de antena (missão cumprida, *suspiro*), a organização do evento deveria ter tido mais cuidado… a posição da SPA já estava representada na mesa onde também deveríamos ter estado a Jonas e eu, mas algo se passou que isso foi cancelado, e duvido que fosse por falta de partes defensoras da infame proposta.

Sigam uns momentos de humor e não te esqueças de subscrever a petição contra esta infame taxa (http://bit.do/pl246), apesar de entregue parcialmente no dia 17 de Setembro não fechou e precisa muito da tua assinatura, dos teus amigos e familiares! 🙂

«Santo Secretário de Estado da Cultura, venha a nós a vossa taxa, e ámen!»
«Santo Secretário de Estado da Cultura, venha a nós a vossa taxa, e ámen!»
Tó Zé, a cópia privada não é autorizada pelos autores, é compulsiva por definição na lei porque a alternativa era invasão de privacidade para controlar que não era feita...
Tó Zé, a cópia privada não é autorizada pelos autores, é compulsiva por definição na lei porque a alternativa era invasão de privacidade para controlar que não era feita…
«Quem é ele? Quem representa? Não percebo nada, dê erre eme? Quéééé?»
«Quem é ele? Quem representa? Não percebo nada, dê erre eme? Quéééé?»
«Eu tenho a plateia inteira a pedir para falar», perdão, os órgãos sociais da #SPA ;)
«Eu tenho a plateia inteira a pedir para falar», perdão, os órgãos sociais da #SPA 😉
«Mais um que já não passo na casa dele quando vestir o fato vermelho...»
«Mais um que já não passo na casa dele quando vestir o fato vermelho…»
O único que esteve em grande, pela canção colocada no domínio público em direto. Grande Vitorino Salomé!
O único que esteve em grande, pela canção colocada no domínio público em direto. Grande Vitorino Salomé!
Vitorino, cuidado! O teu concorrente mais jovem não te vai pagar taxa pela tua prestação!
Vitorino, cuidado! O teu concorrente mais jovem não te vai pagar taxa pela tua prestação!

SPA faz FAQ ao #pl118 / #pl246 sem credibilidade

A Sociedade Portuguesa de Autores está, claro, de acordo com uma proposta de lei que pretende assegurar-lhe indevidos milhões de Euros roubados à vasta maioria dos cidadãos sob a espécie de um assalto legalmente autorizado quando compramos armazenamento digital para as nossas fotografias e filmes de férias, os nossos dados pessoais, os nossos trabalhos digitais (quase todos eles nos tornam, a nós próprios, automaticamente autores).

Está tão de acordo com o roubo através de uma taxa sobre a cópia privada que até faz uma FAQ que não tem qualquer credibilidade.

Mentira da SPA sobre a taxa da cópia privadaExemplo 1, no ponto 2:

2. Mas se me permite copiar uma coisa que eu comprei, porque é que tenho de pagar outra vez?
Porque quando compra um cd, p.ex., compra para utilizar apenas nesse formato, como de resto vem expresso em todos eles. Para outras utilizações é que existe a compensação equitativa.

(…)

Todos os CDs dizem que só podem ser utilizados nesse formato?

A sério?

Não haverá um CD qualquer que não tenha isso, qual aldeia irredutível?

Vou investigar na minha coleção com mais de 300 CDs… pego em 3 aleatoriamente e… nenhum tem nada disso (aliás seria ilegal se o proibissem)… afinal será que a aldeia irredutível não poderá ser antes esta entidade obsoleta que só sobrevive se obter mama renda extorquida aos cidadãos?

Mentira da SPA criando confusão entre obras derivadas e cópia privadaExemplo 2, ainda no ponto 2:

2. Mas se me permite copiar uma coisa que eu comprei, porque é que tenho de pagar outra vez?

(…)

Quer dizer, sempre que utiliza a obra original num conteúdo legal necessita da autorização do autor, dado que a partir de um registo não se pode usar indiscriminadamente qualquer obra.

Huh? O que é que a Cópia Privada tem a ver com publicação de obras derivadas? NADA, a única motivação deste parágrafo é fazer as pessoas pensarem que fazem algo indevido ao passar para MP3 o CD que se comprou para ter várias músicas a tocar enquanto faz exercício ou para não desgastar o media original quando guarda CDs ao calor do carro.

Não fazem nada indevido, fazem algo autorizado pela lei, porque não faz qualquer sentido obrigar as pessoas a pagarem N vezes pela utilização privada daquilo que compraram legitimamente.

Mengtira da SPA sobre a piratariaExemplo 3:

3. A lei da cópia privada significa que eu posso fazer download do que me apetecer porque já estou a pagar direitos de autor no dispositivo onde vou guardar aquilo que escolhi?
Não, não pode. Só pode fazer download de conteúdos legais, ou seja, previamente autorizados pelos seus autores e nas respectivas condições contratuais.

O Ministério Público português considerou em 2012 que é lícito descarregar cópias de filmes e música em redes de Partilha de Ficheiros (P2P) em Portugal.

Adicionalmente, o ponto 4 poderia ser resumido à seguinte resposta: porque os proponentes de se taxar pela cópia privada estão sempre a juntar os dois temas na praça pública, alegando que nada têm a ver um com o outro mas estão sempre a puxar pela brasa. Isto causa uma associação mental na maioria das pessoas dos dois temas. O resultado é a confusão frequente.

Mentira da SPA sobre consenso à volta das taxasExemplo 4, no fim:

15. Esta Lei tem o consenso dos vários intervenientes do sector?

A Lei agora em análise é já o resultado de uma ampla concertação [dos beneficiados financeiramente pelas taxas] de interesses entre os criadores e produtores de bens culturais e os consumidores [apenas os associados da DECO, mas mesmo esta já se pronunciou contra a proposta de lei, por isso não a apoia nem pawrticipa no consenso]. Foi debatida no Conselho Nacional de Cultura e afinada pelos sectores da Economia e da Cultura no âmbito da Proposta do Governo.

Ampla concertação indeed… gostava de saber sobre a concertação daqueles que vão ser chulados.

Acho que não preciso sequer olhar mais a fundo para esta FAQ mal intencionada.

Se a SPA precisa mentir e confundir para defender a taxa da cópia privada, que credibilidade tem esta taxa?

Gun propaganda pretending to be civil rights campaign

There is a certain image spreading in social networks that seems to be in defense of personal rights but it’s not: it’s nothing but gun propaganda disguised of a civil rights campaign.

It goes like this:

Don’t like gay marriage? Don’t get one.

Don’t like cigarettes? Don’t smoke one.

Don’t like abortions? Don’t have one.

Don’t like sex? Don’t do it.

Don’t like drugs? Don’t do them.

Don’t like porn? Don’t watch it.

Don’t like alcohol? Don’t drink it.

Don’t like guns? Don’t buy one.

Don’t like your rights taken away?

Then don’t take away someone else’s.

There’s a little problem there with this logic. I’ll illustrate it with smoking.

It’s not enough to not to smoke in order to not suffer from smoking, if you don’t like to smoke.

Smoking affects the rights of others by intrusion, it’s the equivalent of stretching your arm up to my nose including contact. Your smelly cigarette is obnoxious and I don’t like the risk of disease by getting second hand smoke into my nose and lungs.

When I don’t want to get that smoke in my lungs, I’m not stretching my arm up to your nose with contact, I’m pushing your arm away.

You are the one intruding on my rights, not me.

Same goes for the effects of many drugs (including alcohol) when out of control (which happens with highly addictive drugs or when people are too drunk to understand how badly they’re behaving) and let’s not dwelve into what a stray bullet can do to me, who had nothing to do with your argument against your also-gun-loving neighbour who’s at odds with you.

Sexual orientation, abortion, sex and watching porn have nothing to do with that. They’re not even in the same league. They’re personal things you do on your own time, usually in privacy.

I can’t agree with that poster as it’s definitely not well thought and only seems to have one goal: allowing unfettered guns into the hands of people.

It’s disgusting. I beg you to not spread it.

Could security agencies be snuffing out inconvenient people? Why wouldn’t they, huh? #nsa #truepiracy

Like Jan Wildeboer sez:

«Obviously suicide. Just two days before he would have presented how to hack pacemakers.

Too many hackers have accidentally run into such things in the past years. It’s a pattern that screams counterintelligence.»

A comment on his post on Google+ with which I agree wholeheartedly.

Counter intelligence has a history of snuffing out inconvenient people, that’s undeniable. There have been too many incidents (suicides, deaths, etc…) recently in our communities…

#ACAPOR poderá ter violado direitos humanos…

http://falkvinge.net/2013/12/24/reminder-2-hunt-for-file-sharers-violate-fundamental-human-rights-says-european-court-of-human-rights/

The hunt for people who share culture and knowledge online violates article 10 of the European Convention of Human Rights, the most important Bill-of-Rights on the planet, according to no other court than the highest court of the land, superseding Supreme Courts and Constitutions: The European Court of Human Rights.

Não foi a ACAPOR que andou à caça de pessoas que partilhassem (esse elevado valor moral e cristão) ficheiros?

Colecionando grandes listas de IPs, na expectativa que a Polícia Judiciária se comportasse como a PIDE? 🙂

Levaram com um grande arquivo, mas não sei se com esta decisão não deveriam levar era com uma grande acusação do Ministério Público!