TMN “aluga” música que não toca em players

Novo [des]serviço da TMN: DRM enlatado com aspecto de acesso a música. Os clientes podem aceder o catálogo mas não o podem tocar fora de um único computador nem nos seus players MP3.

Para que serve?

Prevejo que os únicos clientes sejam asnos desprovidos de miolos e que a Rita Teixeira caia no olho da rua.

É que a ideia não é nova, a Microsoft Zune Store já lixou os clientes ameaçando-os de ficar sem acesso às músicas desde Agosto deste ano (entretanto mudaram de ideias, provavelmente com medo de processos judiciais em massa), não é um «paradigma novo», portanto.

É que a ideia não é «simples o suficiente para abrir o download de música a utilizadores com menos conhecimentos técnicos» uma vez que «não pode ser reproduzida em leitores de música ou outros dispositivos».

Já estou a imaginar o coro: «não toca no carro/ipod/player MP3 porquê?»

Eis o porquê, a TMN vende banha-da-cobra:

  • o serviço não é uma alternativa à cópia não autorizada uma vez que é menos útil
  • não oferece qualidade de som uma vez que só pode ser tocado no telemóvel ou num computador (provavelmente Windows Vista only, que é para a degradação dos sinais de áudio poder funcionar).
  • e garantia de segurança é um termo tirado directamente do livro 1984 de George Orwell, pois não é a segurança dos clientes que está em jogo, é a garantia que os clientes não vão fazer coisas que eles não querem.

Portugal sempre na crista da onda… das antiguidades.

DRM na TMN? Até já vomitei.

2%-3% dos browsers com Google Chrome? Como? hms…

Pronto, finalmente acabei por escrever algo sobre o Google Chrome. Dizem para aí que em 2 dias ganhou uma quota de browsers de Internet entre os 2% e os 3%.

A minha primeira sensação foi que haveria muito exagero, mas de repente surgiu-me à cabeça uma possibilidade. Lembram-se dos testes automáticos que eles descrevem na página 10?

«If each build is tested against a million sites, which million do we use?» — Erik Kay, Google Software Engineer

O cabeçalho User-Agent: é o que permite aos web-sites registarem os tipos de browsers que surgem. O que é que acham que estes testes automáticos com sites reais acabam por fazer?