Querido Pai Natal (parte 2), por #AGECOP, #PL118

O que segue abaixo é a transcrição de cerca de 18 minutos da recente audiência da AGECOP no parlamento, perante a CECC. É intercalada por comentários meus, bem como todas as marcas de cor ou negritos ou bolds que eu tomei a liberdade de marcar para salientar pontos importantes.

Como é bastante longo, coloquei uma marca de “more” para não assustar quem abre a primeira página do meu blog. Continue reading “Querido Pai Natal (parte 2), por #AGECOP, #PL118”

Querido Pai Natal, por #AGECOP #PL118

A Agência para a Cópia Privada, AGECOP, ou rendeiros mor, foi ao Parlamento apresentar à CECC a sua lista de presentes que enviou ao Pai Natal:

agecop-xmas-list

  • discos hd (bluray [virgens, para gravação])
  • memórias USB
  • cartões de memória
  • discos rígidos externos
  • computadores fixos
  • computadores portáteis
  • tablets
  • consolas de jogos
  • leitores mp3/mp4
  • set-top boxes com disco rígido
  • tv com disco rígido
  • tv com gravador de dvd
  • sistema de som com disco rígido
  • sistema de som com gravador de dvd
  • leitor de dvd/blue-ray com disco rígido
  • leitor de dvd/blue-ray comgravador de dvd
  • smart-mobilephones com memória interna
  • smart-mobilephones com slot para cartão de memória
  • smart-mobilephones com memória interna e com slot para cartão de memória

A lógica destes rendeiros é que já que a renda à base de DVD’s, CD’s, cassetes áudio e vídeo diminuiu 90% e a lista acima aumentou 8000%, então sentem-se muito injustiçados e pretendem expandir a renda para passar a incluir aparelhos (a negrito) cuja capacidade de armazenar cópias privadas não passa de um mero acaso derivado de que no mundo digital tudo são ficheiros e que está longe de ser a função principal dos mesmos. É negligenciável e apenas tem cabimento na ganância.

Sobre os restantes (não negrito) não se pode dizer que a possibilidade de armazenar ou realizar cópias privadas seja negligenciável, mas ainda assim está longe de ser a principal.

Em suma,

Querido Pai Natal,

A renda que nos deu em 2004 não chega, queremos mais.

Ass. Rendeiros

Aposto que aqui a Inês de Medeiros foi só elogios e compreensão com os coitadinhos…