Acordo de Extradição com a China, ou fui eu que li mal?

16. Proposta de Resolução que aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a República Popular da China sobre Auxílio Judiciário Mútuo em Matéria Penal, assinado em Lisboa, a 9 de Dezembro de 2005

Este Acordo, a apresentar à Assembleia da República para aprovação, visa consolidar a cooperação em matéria penal entre a República Portuguesa e a República Popular da China, prevendo a entrega de documentos ou fornecimento de outros meios de prova em processo penal, a entrega temporária de pessoas detidas para actos de investigação ou a notificação de testemunhas, bem como vários outros procedimentos e mecanismos destinados a facilitar a investigação e justiça penais.

In: Portal do Cidadão

Como disse a um amigo que disse que a pena de morte deverá estar excluída: yeah right: queremos já agora fazer umas perguntinhas a esse senhor que acabaram de prender. Se ele cair da escada foi só um acidente!

Governo Português obriga a chip espião nos carros, PR aprova, Oposição opõe-se

Mais um perigoso sinal do forte declínio que as liberdades civis andam a ter pelo mundo fora. Estranhamente vinda de um partido “dito” de “esquerda”, e vemos os partidos de direita unidos aos partidos mais à esquerda a oporem-se.

O Governo Português quis obrigar todos os carros a terem um microchip espião e, apesar de exprimir algumas reservas, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva promulgou a lei.

O deputado centrista Abel Baptista salientou ainda que “o ‘chip’ é obrigatório e não como a ‘Via Verde’, em que só adere quem quer” e defendeu que “é necessário que a matéria seja muito bem estudada para acautelar a privacidade dos cidadãos”. “Ainda não sabemos quem vai ter acesso aos dados da matéria do ‘chip’ e ficamos preocupados com esse tratamento de dados e de como vai ser feita a localização das viaturas”, afirmou Abel Baptista, acrescentando que a questão “poderá pôr em causa a vida privada das pessoas”.

Infelizmente, de nada serve: o PS tem a maioria absoluta. Mais uma vez vejo reforçada a minha teoria pessoal de que as maiorias absolutas são como o poder absoluto: corrompem absolutamente.

Agora há que pressionar o Governo para fazer um Decreto de Lei que impeça os abusos, ou mudar o governo para alguém que prometa revogar estas leis dignas de Salazar Outrora Caído Retorna Agora Travestido Em Socialista…

Para bom entendedor, um acrónimo basta…

O ataque à Red Hat/Fedora em Links

  1. Os sistemas deixam de estar disponíveis. Um posterior (alguns consideram tardio) aviso na Fedora Announce denúncia um problema de segurança com pacotes «as a precaution, we recommend you not download or update any additional packages on your Fedora systems»
  2. Enquanto a investigação prossegue à porta fechada, possivelmente por motivos legais, os sistemas vão lentamente voltando a funcionar
  3. Finalmente (8 dias depois do anúncio oficial) revelam o que aconteceu: alguém conseguiu penetrar no sistema de compilação automática de software.
  4. Conseguiram submeter pacotes de OpenSSH assinados com a chave da Red Hat, mas em princípio não chegaram a ser distribuídos. Publicaram novos pacotes de OpenSSH e um script para verificar se por azar algum um cliente de Red Hat Enterprise Linux chegou a descarregar esses pacotes.

É mau? Sim, é mau. Mas o pior que aconteceu foi um beliscão na imagem da Red Hat. Já passo.

Sem dúvida seguir-se-ão as piadas do costume na Internet (Debian passou por isso recentemente, embora no seu caso tivesse sido bem mais grave), até que a moda canse ou seja substituída por outro evento.

Felizmente foi detectado atempadamente e, mais importante ainda, não conseguiram acesso às chaves da Red Hat. Estão preservadas num HSM (High Security Module), apenas conseguiram submeter pacotes corrompidos para o sistema de assinatura automática.

Move along…

Há backdoors na aplicação principal dos Tribunais?

Saiu no Público Última Hora uma notícia sobre os SMS, uma vez armazenados na memória de um telemóvel, terem a mesma protecção jurídica que um documento que uma pessoa carregue consigo, ou seja, que pode ter de ser mostrado a um agente da autoridade que exija a sua apresentação, sem mandato.

Se o conteúdo da notícia é relativamente preocupante (não sabia sequer que um documento qualquer que venha comigo não tenha protecção nenhuma), assustou-me ainda mais o comentário de um anónimo:

Comentário do Hackeralho
Comentário do Hackeralho

Diz então o texto (caso não esteja legível no screenshot ligado pela imagem anterior):

Os senhores jornalistas querem uma noticia ? eu dou-vos e que tal “habilus” a aplicação principal dos tribunais tem backdoors à anos, quando o sardinha (gajo que desenvolvia a app nos primordios) foi ownado e alguém inseriu código que permite aceder a qualquer máquinas que tenha a aplicação instalada (neste caso apenas todos os servidores dos tribunais) quando um dia destes cair tudo já sabem… se quiserem algum processo avisem ou moradas dos juizes, no dia em que os juizes começarem a armar em parvo vão ver o que vai aparecer na net.

Fogo (os negritos são meus)!

Links: Porque não irei visitar os EUA tão cedo…

Como se não bastassem outros motivos estranhos, agora a probabilidade de ficar sem portátil, telemóvel, players multimédia, e outros dispositivos capazes de armazenamento de mensagens terroristas (como por exemplo um folha de papel amarrotada no bolso, que pode ser um conjunto de instruções disfarçadas de futuro lixo), é extremamente elevada.

Poison

I’m a Portuguese blogger who usually writes in Portuguese. However, I’ve come to feel the need to vent out some latent poison, and this need is international :). I really try to contain it, but sometimes I don’t vent out soon enough and then it happens in places where more restraint would prove to have been better.

As such, I’m dedicating a Category on this blog, where I will vent out my worst angers, and I do fore warn you, dear reader:

  • it may taste like the sour poison it is,
  • it may make a tourette syndrome victim blush,
  • it may even perchance make you hate me…

…but that is your prerogative. This is my space, not yours. You can turn away, you can even ignore this Category on your blog subscription, just add “&cat=-36” from the feed URL, or click here to update your subscription (note: apparently it isn’t working, so I’m using the advanced category excluder extension to prevent it from going into the feed reader unexpectedly).

Don’t take the contents personally. If you do, please analyze why you did so. Did you lack restraint yourself when referring to me? Would it not have been saner if you hadn’t, and had instead chosen another path?

Anyway, be warned. Read at your own discretion. I promise to have a softer approach in the first paragraph just before the “More” meta-tag, maybe that’ll give time to skip to the next item on your feed reader.

I need this venting out.

Watchmen Video Journals

Watchmen é uma fenomenal BD de Alan Moore e Dave Gibbons que está a ser adaptada ao cinema por Zack Snyder (Dawn of the Dead, 300).

Os Video Journals do filme de Watchmen têm permitido tirar curtas espreitadelas sobre como vai correr a adaptação ao cinema desta BD, e devo confessar estar cada vez mais ansioso. No 4º Video Journal, consegue ver-se que até serão incluídos o velho vendedor de jornais e o miúdo que lê a sub-BD de piratas. Será que até a sub-BD dos piratas será incluída no filme? 🙂

Reclamação à ERSE

Enviei a seguinte reclamação à ERSE por email, para o endereço consultapublica@erse.pt, e convido os que comigo concordarem a fazer o mesmo, e atenção que é só até 7 de Julho que podemos reclamar:

Exmos. Senhores,

Na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, manifesto e comunico a minha discordância, oposição e indignação relativamente à “proposta” – que considero de uma legalidade extremamente dúbia, se não mesmo inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e clientes pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.

Os melhores cumprimentos,
Rui Seabra

Liberdade de expressão? Em Portugal? hahahahahha

Um (ou mais) cidadão(s) exprime(m) a sua indignação por problemas na sua terra, Póvoa de Varzim.

A solução da Autarquia? Como a censura é constitucionalmente proibida, vamos usar o subterfúgio do “direito ao bom nome” para censura efectiva por via judicial, e que ainda por cima é permitido pela constituição portuguesa. Processe-se quem usufruir da liberdade de expressão (aqui e aqui).

Na minha opinião, o Presidente e Vice-Presidentes da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim deveriam ser expurgados de qualquer participação democrática, por falta de respeito pela essencial liberdade de expressão.

De notar que a União Europeia está a considerar limitar a liberdade de expressão dos cidadãos Europeus através de uma directiva (para já ainda andam em consultas, mas parece-me que já anda com algumas opiniões bem graves).

George R.R. Martin em Portugal

George R.R. Martin é o autor da Song of Ice and Fire, e no seu blog anúncia que vai passar uns dias por Lisboa, nos quais destaca as seguintes sessões:

  • 1 de Julho às 18:30 no El Corte Inglés: Autografia de livros, Leitura de um excerto de A Dance With Dragons, Perguntas e Respostas
  • 2 de Julho às 19 na Fnac do Colombo: Workshop sobre escrita
  • 5 de Julho na Biblioteca Municipal de Telheiras: Mesa redonda sobre ficção fantástica (sci-fi, fantasia, horror, etc…)

Excelentes oportunidades para os fãs desta série (como eu), a saber:

  1. A Game of Thrones
  2. A Clash of Kings
  3. A Storm of Swords
  4. A Fest for Crows
  5. A Dance With Dragons
  6. The Winds of Winter (ainda não publicado)
  7. A Dream of Spring (ainda não publicado)

Uma característica da forma de contar esta saga de fantasia é que as secções, cenas ou actos como preferirem, são sempre contadas da primeira pessoa, mudando de personagem para personagem, levando-nos a desenvolver ódios que mais tarde nos vemos obrigados a rever (eh pá, tu és um cabrão, mas se eu tivesse passado o que tu passaste se calhar não era melhor, pronto até te entendo), e outros em que vemos personagens que pensavamos que seriam a principal e de repente morrem, etc.

Sobretudo a fantasia é fortemente controlada e reservada para mitos distantes, medos e receios, estando o conto fortemente focado em intriga palacial e guerra. Quando parei de ler, tinha lido apenas os três primeiros livros, depois surgiu o 4º e agora o 5º e ainda não tive oportunidade de lhe dar seguimento. Penso que irei aproveitar para comprar os livros, talvez consiga que George mos autgrafe 🙂